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Venezuela Acusa EUA de Ameaça de Guerra Após Destróier na Costa: Entenda a Crise
Tensão Cresce no Caribe: EUA e Venezuela Trocam Acusações e Preparam Movimentações Militares
A escalada militar dos Estados Unidos no Caribe atingiu um novo patamar de tensão, com a Venezuela reagindo com veemência à presença de um navio de guerra americano em Trinidad e Tobago. O governo de Nicolás Maduro classificou a ação como uma provocação orquestrada pela CIA, intensificando a crise diplomática entre os dois países.
A Presença do USS Gravely e a Reação Venezuelana
A chegada do USS Gravely, um destróier lançador de mísseis, a Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago, gerou imediata reação da Venezuela. O navio permanecerá atracado até 30 de outubro no arquipélago, localizado a poucos quilômetros da costa venezuelana.
Em comunicado oficial, o governo venezuelano acusou Trinidad e Tobago de agir em coordenação com a CIA, classificando a presença do navio como uma “provocação militar”. A vice-presidente Delcy Rodríguez relatou a captura de um grupo de “mercenários” com informações da agência de inteligência americana, supostamente envolvidos em um plano de ataque de bandeira falsa.
Contexto da Crise: Narcotráfico e Ataques de Trump
As relações entre EUA e Venezuela têm sido tensas desde os ataques de Donald Trump contra navios venezuelanos, sob a alegação de combater o narcotráfico internacional. Essa medida agravou ainda mais a crise entre os dois países.
Ofensiva Militar Americana e Reação Venezuelana
A movimentação americana no Caribe ocorre em meio ao aumento da pressão de Washington sobre o regime de Caracas. Desde agosto, os EUA têm mobilizado navios, aviões e fuzileiros navais na região, justificando a ação como parte do combate ao narcotráfico.
Em resposta, o presidente venezuelano acusa os EUA de preparar uma guerra contra a Venezuela. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, anunciou exercícios militares de defesa costeira, com tropas posicionadas no litoral para reagir a “operações encobertas” e “ameaças terroristas” que, segundo Caracas, teriam apoio norte-americano.
“Estamos nos preparando para defender nosso território de qualquer agressão estrangeira”, declarou Padrino.
Alinhamento Político e Tensão Aumentada
A tensão aumentou após a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, aliada de Trump, autorizar o treinamento conjunto entre fuzileiros navais dos EUA e as forças locais de defesa. Desde sua posse, em maio de 2025, Persad-Bissessar tem adotado um discurso duro contra a imigração venezuelana e um alinhamento político com Washington.
A situação no Caribe permanece delicada, com os dois países trocando acusações e intensificando suas atividades militares na região. O cenário indica uma crescente instabilidade e a possibilidade de novos desdobramentos na crise diplomática.