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Suplementos Alimentares no Brasil: Novas Regras em Discussão na Câmara, Impactando Consumidores e Fabricantes
Projeto de Lei Visa Endurecer Regras para o Mercado de Suplementos Alimentares no Brasil
Uma nova legislação, atualmente em debate na Câmara dos Deputados, promete transformar o cenário do mercado de suplementos alimentares no Brasil. O projeto de lei, sob relatoria do deputado Felipe Carreras (PSB-PE), busca reforçar a fiscalização, elevar os padrões de qualidade e punir com rigor fraudes e adulterações nos produtos.
Medidas Propostas
O projeto prevê a implementação de um selo de segurança e certificação para os suplementos, garantindo maior controle de qualidade. Além disso, a proposta inclui a responsabilização criminal de empresas e dirigentes que comercializarem produtos com substâncias impróprias para consumo.
"O projeto dobra as penalidades para crimes de adulteração. A empresa poderá ser inabilitada e os responsáveis, criminalizados, com possibilidade de prisão", afirmou o deputado Carreras.
Mercado de Suplementos em Foco
O mercado de suplementos, que abrange produtos como whey protein, creatina, vitaminas C e D, e magnésio, tem apresentado crescimento expressivo. No entanto, o deputado Carreras ressalta que o setor opera em uma "zona cinzenta" da legislação, com menos rigor que os mercados de medicamentos e alimentos.
"Diferentemente do que ocorre com alimentos e medicamentos, os suplementos não têm certificações específicas, o que abre brechas para irregularidades", explicou o deputado.
Problemas Atuais e Dados Relevantes
Dados apresentados em audiência pública revelam que 65% das empresas que tentaram se habilitar na Anvisa não conseguiram atender aos pré-requisitos. Apesar disso, muitas continuam comercializando seus produtos, sem garantir a procedência e segurança para o consumidor.
Investigações já identificaram casos de adulteração com a presença de substâncias nocivas, como aquelas utilizadas na indústria plástica e em agrotóxicos.
Apoio da Anvisa e Próximos Passos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apoia as mudanças propostas. O grupo de trabalho responsável pelo projeto de lei tem a expectativa de concluir o parecer até dezembro, com a possibilidade de votação ainda este ano.
"O objetivo é garantir que o consumidor saiba exatamente o que está comprando e que os produtos vendidos no Brasil sejam seguros", reforçou Carreras.
A iniciativa visa proteger os consumidores e garantir a qualidade dos suplementos alimentares comercializados no Brasil, promovendo um mercado mais seguro e transparente.