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Micro Apartamento em Curitiba: 9,8m², R$150 mil, Aluguel R$1.200 + Condomínio com Internet

Publicada em: 28-09-2025 Autor: Yuri Kiluanji

Microapartamentos no Brasil: A Conquista dos Espaços Mínimos

No cenário imobiliário brasileiro, uma tendência crescente tem chamado atenção: os microapartamentos. Em meio à urbanização acelerada e ao aumento dos preços de imóveis, a busca por otimizar espaços e oferecer soluções de moradia compactas impulsionou o surgimento de empreendimentos que desafiam os limites da habitabilidade.

O Menor Apartamento do Brasil: Uma Realidade em Curitiba

No coração de Curitiba, o empreendimento Vivart, com apartamentos de apenas 9,8 m², ostenta o título de menor apartamento do Brasil. O preço inicial de R$ 150 mil e aluguel médio de R$ 1.200 mensais, além de um condomínio de aproximadamente R$ 400 (já com internet), demonstram o elevado valor de mercado desses espaços reduzidos.

A Evolução dos Microapartamentos

A transformação do conceito de apartamento no Brasil é evidente. Com terrenos escassos e preços inflacionados, os microapartamentos surgem como alternativa para quem busca praticidade e acesso a regiões centrais. O VN Higienópolis, em São Paulo, foi um dos pioneiros, oferecendo unidades de 10 m².

O Caso Curitiba: 9,8 m² no Vivart

O Vivart, lançado em 2023 pela construtora Basesul, no bairro Rebouças, em Curitiba, desafiou as expectativas com unidades de 9,8 m². A inovação reside no mobiliário inteligente e versátil, que transforma o espaço em área de estudo, refeição ou descanso. O empreendimento oferece áreas comuns como academia, lavanderia compartilhada e espaços de coworking, atendendo a jovens profissionais, estudantes e investidores.

Apesar do tamanho compacto, o valor por metro quadrado é alto, com unidades anunciadas entre R$ 100 mil e R$ 120 mil. A locação gira em torno de R$ 1.200 mensais, com condomínio de cerca de R$ 400.

O Pioneiro de São Paulo: 10 m² em Higienópolis

O VN Higienópolis, em São Paulo, foi o precursor dos microapartamentos no Brasil. Localizado em região central e valorizada, o projeto oferecia unidades de 10 m², projetadas para solteiros, profissionais em trânsito e estrangeiros.

O empreendimento se destacava pela proximidade a universidades e estações de metrô, além da proposta de vida prática. Na época do lançamento, o preço era de aproximadamente R$ 200 mil por unidade, justificado pela localização e pela novidade no mercado.

A Lógica dos Microapartamentos

O surgimento dos microapartamentos reflete a urbanização global e o aumento do preço do metro quadrado em áreas nobres. Esses imóveis atendem a um público específico:

  • Jovens estudantes que buscam morar perto das universidades.
  • Profissionais solteiros que priorizam a localização.
  • Investidores imobiliários interessados em locações rápidas.

Estes imóveis estão associados a um estilo de vida minimalista, com foco em experiências fora do lar.

Críticas e Controvérsias

Apesar do apelo, os microapartamentos geram críticas. Psicólogos e urbanistas alertam para os impactos na saúde mental, devido a espaços apertados e com pouca ventilação. A valorização artificial do metro quadrado e a possibilidade de exclusão habitacional também são pontos de debate.

Tendência ou Limite?

A legislação municipal define o tamanho mínimo dos apartamentos. Enquanto os microapartamentos são comuns em países asiáticos, no Brasil, a tendência ainda está em fase de experimentação. Há quem veja nesses empreendimentos uma alternativa moderna, prática e alinhada ao futuro das cidades. Outros consideram que comprometem a qualidade de vida em nome do lucro.