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Lula Resiste à Polarização: Brasil Não Escolherá Entre EUA e China
Lula na Malásia: Brasil Busca Relação Amigável com Todos os Países
Em sua primeira agenda na Malásia após se reunir com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou a posição do Brasil de não se alinhar a uma disputa entre os EUA e a China. A declaração foi feita neste domingo, 26, durante um fórum com empresários malaios e brasileiros.
"A gente não quer uma nova disputa de quem é do lado dos Estados Unidos ou do lado da China. A gente quer estar do lado da China, do lado dos Estados Unidos, do lado da Malásia, do lado da Indonésia, do lado de todos os países do mundo que queiram fazer negócios conosco", declarou Lula.
Foco em Negócios e Estabilidade Econômica
Durante o encontro, Lula enfatizou a importância de atrair investimentos estrangeiros e destacou o momento positivo da economia brasileira. Ele ressaltou que o papel do governo é garantir um ambiente favorável aos negócios em um cenário global competitivo.
"A gente deveria garantir ao investidor estrangeiro estabilidade fiscal, estabilidade econômica, estabilidade política, estabilidade jurídica, estabilidade social e, por fim, a gente deveria garantir previsibilidade nas decisões políticas do governo para que ninguém fosse pego no susto", afirmou o presidente.
Convite aos Investidores e Visita dos Empresários Brasileiros
Lula estendeu um convite aos investidores malaios para visitar o Brasil, demonstrando a abertura do país para parcerias. Além disso, incentivou os empresários brasileiros a buscar oportunidades na Malásia, diferenciando aqueles que buscam expandir seus negócios daqueles que se limitam a reclamar das condições internas.
"Tem dois tipos de empresários no Brasil: aqueles que gostam de viajar, aqueles que gostam de garimpar oportunidades, aqueles que querem vender e comprar, e tem aqueles que ficam no Brasil só se queixando da taxa de juros e da tributação. Vai vencer aqueles que garimpam e que viajam à procura de oportunidades", concluiu Lula.
A viagem de Lula à Malásia também marcou o início de negociações sobre tarifas, conforme confirmado após o encontro com Trump. O presidente americano teria reconhecido equívocos nas sanções e sinalizado o início de negociações bilaterais.