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Lula e Trump: Encontro impulsiona indústria e pode acabar com tarifas dos EUA
CNI Avalia Encontro Lula-Trump como Progresso nas Relações Comerciais
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou otimismo em relação ao encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizado na Malásia neste domingo. Em nota oficial, a entidade destacou o diálogo como um avanço significativo nas tratativas bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.
Diálogo e Compromisso: Um Novo Capítulo nas Relações
A CNI, que tem colaborado com empresários americanos para mitigar o tarifaço imposto pela Casa Branca sobre produtos brasileiros, vê na reunião um reforço do compromisso de ambos os governos em buscar soluções equilibradas para o comércio bilateral. O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou a importância do anúncio do início das negociações sobre o tarifaço, ressaltando a disposição das partes em alcançar um acordo.
“O anúncio do início das negociações sobre o tarifaço, com disposição real das duas partes para alcançar um acordo, é um passo relevante. Acreditamos que teremos uma solução que vai devolver previsibilidade e competitividade às exportações brasileiras, fortalecendo a indústria e o emprego no país.” - Ricardo Alban, Presidente da CNI
Balanço da Reunião e Próximos Passos
A reunião bilateral, que começou às 15h30 (horário local) na Malásia (4h30 em Brasília), foi descrita por Lula como uma “ótima reunião”. Equipes dos dois países se reunirão “imediatamente” para dar andamento às negociações.
O setor empresarial brasileiro, representado pela CNI, reitera seu compromisso em contribuir tecnicamente para a retomada de uma relação comercial livre de tarifas abusivas. A CNI tem atuado de forma proativa, apresentando propostas concretas em áreas de interesse mútuo, como energia renovável, biocombustíveis, minerais críticos e tecnologia.
Buscando Soluções Construtivas
A CNI reconhece a importância dos Estados Unidos em proteger suas cadeias produtivas, mas defende um processo de negociação racional, transparente e baseado em dados. A entidade acredita que essa abordagem permitirá avanços construtivos nas relações comerciais.
Em setembro, durante uma missão empresarial liderada pela CNI a Washington, foram abertas frentes de diálogo e cooperação em setores de alto potencial, como data centers e minerais críticos, temas que permanecem no centro da agenda bilateral. Na ocasião, líderes industriais se reuniram com autoridades e empresários norte-americanos para discutir os impactos das tarifas sobre as exportações brasileiras e buscar novas negociações.
O encontro na Malásia, com relatos de que Trump admitiu erros nas sobretaxas e sinalizou o início imediato de negociações, indica um possível ponto de inflexão nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.