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Kevin Hassett no Fed? Conheça o Economista Próximo de Trump e Suas Ideias
Kevin Hassett: O Retorno e a Disputa pelo Comando do Federal Reserve
Kevin Hassett, ex-diretor do Conselho Econômico Nacional (NEC), volta a ser um nome central na agenda econômica dos Estados Unidos. Considerado favorito por Donald Trump para chefiar o Federal Reserve, sua possível nomeação reacende debates sobre o papel do banco central e a influência política na política monetária.
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Um Nome com Histórico Republicano
A candidatura de Hassett ganha peso não apenas por sua proximidade com Trump, mas também em um momento de intensos debates sobre a atuação do Fed. O governo considera possíveis mudanças no escopo da instituição e na gestão da política monetária.
A simples possibilidade de sua indicação agitou os mercados americanos, que reagem positivamente, apesar da queda da Nvidia. Agentes financeiros veem em Hassett uma maior propensão a cortar juros, mas expressam preocupações sobre seu alinhamento com Trump.
Trajetória e Influência
Com duas décadas de experiência no establishment republicano, Hassett é um nome conhecido e respeitado. Ex-economista sênior do Fed e pesquisador do American Enterprise Institute, ele atuou como conselheiro de figuras como John McCain, George W. Bush e Mitt Romney.
- Conselheiro de John McCain em 2000.
- Conselheiro de George W. Bush em 2004.
- Conselheiro de Mitt Romney em 2012.
Essa trajetória lhe rendeu apoio quando Trump o indicou para liderar o Conselho de Assessores Econômicos (CEA) em 2017, com endossos de nomes como Alan Greenspan e Ben Bernanke.
Durante o primeiro mandato de Trump, Hassett se tornou um defensor dos cortes de impostos e da agenda tributária do governo. Após deixar a Casa Branca em 2019, continuou a ser um conselheiro informal de Trump. Seu retorno ao governo, agora no comando do NEC, o coloca em uma posição de grande influência na formulação da política econômica americana.
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Críticas e Controvérsias
Nos últimos meses, Hassett intensificou suas críticas ao Fed, acusando a instituição de ser “tardia” nos cortes de juros e sugerindo que erros orçamentários poderiam justificar a demissão de Jerome Powell. Ele também questionou supostos “padrões partidários” na divulgação de dados de emprego.
Essas declarações geraram reações de antigos aliados. Gregory Mankiw, economista-chefe no governo George W. Bush, classificou como “assustadora” a possibilidade de um presidente do Fed disposto a alinhar decisões políticas. Dean Baker, com quem Hassett já colaborou, observa que ele hoje parece seguir as orientações de Trump.
Apesar das críticas, Hassett ainda conta com o apoio de figuras importantes. Michael Boskin, ex-assessor do governo George H.W. Bush, considera-o uma “boa escolha”, destacando sua capacidade de lidar com Trump e de conduzir mudanças no Fed, caso o governo avance nessa direção.