Detalhes do Artigo

Gaza: Negociações Buscam Plano, Mas Acordo Rápido é Descartado
Conversas em Sharm el-Sheikh Buscam Acabar com a Guerra em Gaza e Libertar Reféns
SHARM EL-SHEIKH, Egito (Reuters) – Autoridades do Hamas se reuniram no Egito nesta segunda-feira para negociações com Israel, em um esforço que os Estados Unidos esperam que possa levar ao fim da guerra em Gaza e à libertação de reféns. As conversas, que ocorrem em meio a dois anos de conflito, focam em questões cruciais, incluindo o desarmamento do Hamas, conforme proposto no plano do presidente dos EUA, Donald Trump.
Contexto da Guerra em Gaza
A guerra, iniciada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, deixou a maioria dos 2,2 milhões de habitantes de Gaza desabrigados e em meio a uma devastação generalizada. Os ataques israelenses resultaram na morte de mais de 67.000 palestinos, em sua maioria civis, segundo autoridades de saúde de Gaza. O ataque do Hamas resultou na morte de 1.200 pessoas em Israel e na captura de 251 reféns.
Objetivos e Participantes das Negociações
Os negociadores israelenses, incluindo membros do Mossad e Shin Bet, além de assessores do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, se reuniram em Sharm el-Sheikh. O foco principal é a libertação dos reféns, parte do plano de 20 pontos de Trump para encerrar o conflito. A delegação do Hamas é liderada por Khalil Al-Hayya, líder exilado do grupo em Gaza.
Desafios e Pontos de Tensão
Um dos principais obstáculos nas negociações é a questão do desarmamento do Hamas, uma exigência israelense que o grupo palestino resiste, a menos que Israel encerre sua ocupação e um Estado palestino seja estabelecido. Há também preocupações sobre a confiança mútua, com facções palestinas temendo que Israel possa abandonar as negociações após a libertação dos reféns.
Expectativas e Próximos Passos
As negociações buscam um acordo para a troca de reféns por prisioneiros palestinos, a retirada militar israelense de Gaza e um cessar-fogo. No entanto, as autoridades preveem que as conversas devam ser longas e complexas. O primeiro-ministro Netanyahu se mantém firme na sua posição de que um Estado palestino não será estabelecido, o que dificulta ainda mais as negociações.
A comunidade internacional acompanha as negociações com expectativa, esperando que as conversas levem a um alívio para a população de Gaza e deem início a uma resolução para o conflito de longa data.