Detalhes do Artigo

DI Longo Sobe Levemente no Brasil em Dia de Poucos Indicadores Econômicos

Publicada em: 17-10-2025 Autor: Yuri Kiluanji

Mercado de Juros: DIs de Curto Prazo Estáveis e Longos com Leves Altas

As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de curto prazo encerraram a sexta-feira praticamente estáveis, após os ajustes da véspera. Já as taxas longas apresentaram leves altas, em uma sessão marcada pela ausência de indicadores relevantes e de gatilhos que impulsionassem movimentos mais expressivos. No cenário internacional, os rendimentos dos Treasuries avançavam.

Desempenho dos DIs

Ao final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2028 registrava 13,365%, ligeiramente abaixo dos 13,37% da sessão anterior. No segmento de vencimentos mais longos, o contrato para janeiro de 2035 apresentou uma taxa de 13,76%, representando um aumento de 3 pontos-base em relação aos 13,734%.

Cenário Externo e Impactos

No âmbito internacional, os investidores continuaram a monitorar as tensões na guerra comercial entre Estados Unidos e China, além das expectativas em torno de possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) nos próximos meses.

O presidente dos EUA, Donald Trump, mencionou que sua proposta de tarifas de 100% sobre produtos chineses seria insustentável, mas atribuiu à China o impasse nas negociações comerciais. Trump confirmou, ainda, um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, em duas semanas, na Coreia do Sul.

Apesar dos comentários de Trump sugerirem um possível alívio para os mercados globais, um novo fator de pressão emergiu: sinais de risco crescente em alguns bancos regionais norte-americanos, como Zions e Western Alliance.

Impacto no Mercado Brasileiro

Apesar do cenário externo, não houve um gatilho suficientemente forte para provocar movimentos significativos no mercado brasileiro, seja no câmbio do dólar frente ao real, seja nas taxas dos DIs. As taxas longas chegaram a exibir ganhos de até 10 pontos-base pela manhã, mas o movimento perdeu força ao longo do dia, mesmo com a alta dos rendimentos dos Treasuries e a cautela em relação à política fiscal brasileira.

Expectativas e Próximos Passos

Próximo ao fechamento da sessão, a curva brasileira indicava uma probabilidade de 99% de manutenção da taxa básica Selic em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que ocorrerá no início de novembro.

Às 16h34, o rendimento do Treasury de dez anos – referência global para decisões de investimento – subia 3 pontos-base, alcançando 4,007%.