Detalhes do Artigo

Selic em Queda e Dólar a R$ 5,50: XP Atualiza Projeções para Economia Brasileira

Publicada em: 07-10-2025 Autor: Yuri Kiluanji

XP Research Revisa Estimativas para Dólar, Juros e PIB no Brasil

A XP Research divulgou um relatório nesta terça-feira (7) revisando suas projeções econômicas para o Brasil. As novas estimativas abrangem câmbio, cortes de juros e o Produto Interno Bruto (PIB).

Projeções para o Dólar

  • 2025: Dólar a R$ 5,30 (anteriormente R$ 5,50)
  • 2026: Dólar a R$ 5,50 (anteriormente R$ 5,70)

Perspectivas para a Selic

A equipe liderada pelo economista-chefe da XP, Caio Megale, agora projeta cortes na Selic a partir de maio, em vez de janeiro, como estimado anteriormente. A revisão se deve, em parte, à dinâmica da inflação, que, embora em melhora, ainda não atingiu a meta de 3%. A comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também é vista como mais "dura" pela XP. A estimativa para a Selic terminal permanece em 12%.

Contexto Econômico e Considerações

O cenário econômico atual é influenciado por diversos fatores, incluindo:

  • Ambiente Global: Apesar de um cenário global positivo para mercados emergentes, a situação doméstica ainda apresenta riscos, especialmente em relação a aspectos fiscais.
  • Cenário Fiscal: A XP considera que o governo deve cumprir a meta de resultado primário em 2024 e se aproximar do limite inferior em 2026, impulsionado por receitas extraordinárias no próximo ano. No entanto, a pressão por elevação de despesas e a desaceleração econômica recente representam riscos.
  • PIB: A projeção para o PIB de 2025 foi ligeiramente reduzida de 2,2% para 2,1%. A estimativa de 1,7% para 2026 foi mantida, com riscos de alta.
  • IPCA: As projeções para o IPCA foram mantidas em 4,8% para 2025 e 4,5% para 2026. O mercado de trabalho aquecido é apontado como um risco importante para o próximo ano.
  • Cenário Internacional: O crescimento moderado nos principais blocos econômicos permitiu a retomada do ciclo de corte de juros, mas não gerou temores de recessão. No entanto, riscos institucionais e geopolíticos persistem.

A análise da XP ressalta a importância de acompanhar de perto os desenvolvimentos fiscais e as decisões do Banco Central, em um cenário econômico em constante mudança.