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MDIA3 despenca: Ações da M. Dias Branco caem após novo trimestre ruim. O que aconteceu?

Publicada em: 10-11-2025 Autor: Yuri Kiluanji

M. Dias (MDIA3) Sofre Forte Recuo Após Resultados Fracos do 3T25

As ações da M. Dias (MDIA3) enfrentaram uma forte queda nesta segunda-feira (10), com os investidores reagindo negativamente aos resultados financeiros do terceiro trimestre. Às 11h25 (horário de Brasília), os papéis da fabricante de alimentos registravam uma queda de 10,70%, sendo negociados a R$ 26,13.

Desempenho Abaixo das Expectativas

De acordo com a análise do JPMorgan, a M. Dias apresentou resultados fracos no 3º trimestre de 2025. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou 19,4% abaixo da estimativa do JPMorgan e 14,3% abaixo do consenso do mercado. O lucro líquido também decepcionou, ficando 4,8% abaixo da projeção do JPMorgan e 1,3% abaixo do consenso.

Impacto nos Volumes e Margens

Apesar do aumento nos volumes, impulsionados por iniciativas comerciais e operacionais, a empresa enfrentou uma compressão nas margens. O JPMorgan observou um crescimento sequencial da receita, mas com custos mais altos de vendas, gerais e administrativos (SG&A), o que impactou a rentabilidade.

A XP Investimentos destacou que os preços médios caíram 4% em relação ao trimestre anterior, possivelmente devido a um mix de produtos menos favorável. A participação de categorias de menor valor na receita aumentou, enquanto os produtos principais tiveram uma queda.

Análise das Instituições Financeiras

  • JPMorgan: Manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 33.
  • XP Investimentos: Espera revisões negativas nos lucros devido aos resultados mais fracos.
  • Itaú BBA: Classificou os resultados como fracos, com o EBITDA 13% abaixo das estimativas. Manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 25.
  • BBI: Cortou as estimativas de EBITDA e lucro líquido para 2026 e reduziu o preço-alvo de R$ 31 para R$ 28, mantendo a recomendação neutra.

Perspectivas Futuras

Apesar dos avanços nos volumes e na geração de caixa, a deterioração da margem bruta levanta dúvidas sobre a consistência da recuperação da rentabilidade. Analistas apontam que o principal desafio para a M. Dias será reestabelecer a confiança dos investidores.

O Itaú BBA ressaltou que a empresa precisa demonstrar a capacidade de capturar os efeitos da nova estratégia comercial e da esperada deflação de custos.

O BBI acredita que a retomada da confiança dependerá da capacidade da empresa de entregar crescimento com consistência.