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Corinthians: Postos Licenciados Ligados a Investigados por Lavagem de Dinheiro e Fraude?
Postos de Combustíveis Corinthians Envolvidos em Operação da PF
A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Carbono Oculto, que investiga postos de combustíveis que utilizam a marca Corinthians. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) registrou os estabelecimentos em nome de empresários ligados a um esquema criminoso.
Os Envolvidos e as Acusações
De acordo com o portal G1, os postos pertencem a Pedro Furtado Gouveia Neto e Luiz Ernesto Monegatto, apontados como integrantes do grupo liderado por Mohamad Hussein Mourad. Mourad é acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro, fraude tributária e organização criminosa.
A Extensão do Esquema
A investigação, conduzida em parceria com o Ministério Público de São Paulo e a Receita Federal, aponta que o grupo movimentou cerca de R$ 8,4 bilhões por meio de operações fraudulentas com combustíveis e biocombustíveis. O esquema também é suspeito de financiar o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Os Postos de Combustíveis Investigados
A ANP registrou três postos licenciados com a marca Corinthians na zona leste de São Paulo. Eles operam com bandeira branca, sem vínculo direto com grandes distribuidoras. São eles:
- Auto Posto Mega Líder Ltda — Av. Líder, 2000 (Cidade Líder)
- Auto Posto Mega Líder 2 Sociedade Unipessoal Ltda — Av. São Miguel, 6337 (Vila Norma)
- Auto Posto Rivelino Ltda — Av. Padre Estanislau de Campos, 151 (Conjunto Habitacional Padre Manoel da Nóbrega)
Esses estabelecimentos são investigados por participação em um sistema de triangulação de notas fiscais e adulteração de etanol e gasolina, com o objetivo de simular transações e mascarar a origem de recursos ilícitos.
Posicionamento do Corinthians
Em nota, o Sport Club Corinthians Paulista afirmou que não administra diretamente os postos e que a operação se refere a contratos de licenciamento de marca, e não de gestão.
“O Sport Club Corinthians Paulista informa que não é o administrador responsável pelos postos de gasolina citados pela reportagem. Trata-se de contrato de licenciamento de sua marca. O clube acompanha com máxima atenção o andamento das investigações para — se necessário — tomar as medidas jurídicas cabíveis”, declarou o clube.
O modelo de licenciamento permite o uso da marca mediante pagamento de royalties, mas impõe responsabilidade solidária em casos de danos à reputação.
A Operação Carbono Oculto
A Operação Carbono Oculto investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal do setor de combustíveis, com 251 postos sob suspeita em quatro Estados. O grupo de Mourad teria criado uma rede de empresas de fachada para burlar o pagamento de tributos e lavar dinheiro oriundo de atividades ilegais.