Detalhes do Artigo
Castro ataca Boulos: Governador critica opositor após embate sobre operação policial no Rio
Cláudio Castro Responde a Críticas de Boulos com Ironia em Convenção da Conib
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), reagiu com ironia às críticas do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), chamando-o de “paspalhão”. A declaração ocorreu na noite de sábado (8), durante a 56ª Convenção da Confederação Israelita do Brasil (Conib), em São Paulo.
A Reação de Castro
Ao ser questionado sobre as falas de Boulos, que criticou governadores bolsonaristas, incluindo Castro e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, por “fazerem demagogia com sangue”, o governador respondeu de forma direta: “Quem? Esse é um paspalhão. Vambora, próximo”. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
Contexto das Críticas de Boulos
Boulos havia criticado os governadores por, segundo ele, tratar comunidades inteiras como criminosas. O ministro afirmou que o governo federal tem adotado um modelo distinto de enfrentamento ao crime, com foco em investigações estruturadas, citando a PEC da Segurança Pública e o PL Antifacção, em tramitação no Congresso.
“O combate ao crime tem que ser feito da maneira correta, como na Operação Carbono Oculto da Polícia Federal, que pega o peixe grande, não o bagrinho. O peixe grande está na Faria Lima, não na favela”, disse Boulos.
O Cenário de Tensão
A troca de farpas ocorre após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, em 28 de outubro, que deixou ao menos 121 mortos, incluindo quatro policiais. A ação, a mais letal da história do país, motivou críticas de entidades de direitos humanos.
Castro voltou a defender a ofensiva das forças de segurança, classificando-a não como uma ação pontual, mas como o início de uma reação permanente. “O que aconteceu no Rio não foi uma operação. Foi o início de um movimento. Os cidadãos não aguentam mais essa criminalidade”, afirmou o governador.
O Embate Político em Foco
A escalada de declarações expõe o embate entre o Planalto e os governadores alinhados à direita, em meio ao debate sobre a política de segurança pública e ao avanço do PL Antifacção, projeto que o governo Lula tenta emplacar como resposta institucional à violência organizada.