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Brasil x EUA: Lula e Trump Abrem Caminho para Acabar com Taxa de 50% e Impulsionar Comércio

Publicada em: 27-09-2025 Autor: Yuri Kiluanji

Estados Unidos Consideram Revisar Tarifas sobre o Brasil após Encontro Trump-Lula na ONU

Um encontro entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, reacendeu expectativas de mudanças nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Os EUA indicaram disposição para rever as tarifas de 50% sobre as importações brasileiras, abrindo caminho para negociações bilaterais.

Contexto das Tarifas

As sobretaxas, que somam 50%, são compostas por uma alíquota geral de 10% e um adicional de 40% para produtos brasileiros. Essa estrutura foi definida por ordens executivas publicadas em julho e entrou em vigor em agosto, com algumas exceções.

A Casa Branca justificou a medida com preocupações sobre liberdades e o ambiente institucional no Brasil, embora a elevação tenha ocorrido em um contexto de tensão política. O anúncio inicial das tarifas foi feito por Trump em julho, em meio ao agravamento de questões bilaterais.

Origem do Impasse

Em março de 2025, o USTR (Representante de Comércio dos EUA) listou o Brasil como país com barreiras comerciais relevantes, o que serviu de base para as novas medidas. O governo Trump mencionou "ações sem precedentes" do Brasil para justificar o aumento das tarifas.

A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado também contribuiu para a deterioração das relações, tornando-se um ponto de atrito adicional.

O Encontro Lula-Trump na ONU

Durante a Assembleia-Geral da ONU, Lula criticou as medidas unilaterais que afetam a economia brasileira e enfatizou a importância do respeito à soberania. Após o encontro, as delegações relataram um clima menos hostil e a possibilidade de avanços nas conversas. Trump adotou um tom mais conciliador, elogiando o presidente brasileiro.

Declarações do Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cobrou a reversão das tarifas, defendendo a separação entre política e economia para reconstruir a agenda bilateral. O governo brasileiro busca zerar a lista de produtos afetados por meio de negociações técnicas e diálogo institucional, com foco em setores como açúcar e etanol.

O objetivo é garantir previsibilidade para os exportadores brasileiros, evitando novas retaliações.

Posição Oficial dos Estados Unidos

Os EUA afirmam que as tarifas são um instrumento para corrigir desequilíbrios e garantir a reciprocidade, mas que negociações são possíveis com contrapartidas. Após o encontro, assessores americanos passaram a estudar alternativas para a desescalada.

Comentários elogiosos de Trump a Lula foram interpretados como um sinal de abertura.

Impactos Econômicos

Setores exportadores brasileiros já sentem os efeitos das sobretaxas, com queda nos embarques para os EUA. No setor de café, por exemplo, houve recuos significativos em agosto e setembro, com ajuste de rotas comerciais. Empresas buscam medidas de alívio e acompanham as negociações em Washington.