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BBAS3: Banco do Brasil prevê queda na inadimplência do agronegócio em 2026 (1º tri)
Banco do Brasil (BBAS3) Antecipa Inflexão na Inadimplência do Agronegócio e Avalia Dividendos Extraordinários
O Banco do Brasil (BBAS3) projeta um ponto de inflexão na inadimplência do agronegócio a partir do início de 2026, indicando um esforço contínuo para mitigar um dos principais desafios que impactaram seus resultados nos últimos trimestres. A informação foi divulgada em teleconferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre, que apresentou uma queda de 60% no lucro em relação ao mesmo período do ano anterior.
Medidas e Estratégias em Foco
As ações do banco visam solucionar a crescente inadimplência, impulsionada em parte pela expectativa dos produtores em relação à Medida Provisória 1.314, que estabelece regras especiais para a renegociação de dívidas. O vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do BB, Felipe Prince, afirmou que o banco busca ativamente a regularização do máximo de saldo inadimplente possível.
Destaques das Ações:
- BB Regulariza Agro: A presidente-executiva do BB, Tarciana Medeiros, destacou o sucesso do programa BB Regulariza Agro, que já renegociou R$5,9 bilhões sob a MP 1.314/25.
- Recursos Renegociados: Do total renegociado, R$5,4 bilhões são referentes a operações com recursos livres e R$448 milhões a operações com fontes supervisionadas.
- Empréstimos em Análise: O banco tem R$11,4 bilhões em empréstimos sob análise com recursos livres e R$721 milhões de fontes supervisionadas.
Possibilidade de Dividendos Extraordinários
A administração do Banco do Brasil também mencionou a possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários, mas condicionada ao sucesso das renegociações e ao fortalecimento do capital da instituição.
Impacto no Mercado e Perspectivas Futuras
Por volta de 10h50 na bolsa paulista, as ações do BB apresentavam queda de mais de 3%, enquanto o Ibovespa mostrava um leve crescimento. Além dos resultados do terceiro trimestre, o banco revisou sua projeção de lucro líquido ajustado para 2025, estimando agora um intervalo entre R$18 bilhões e R$21 bilhões, em comparação com a estimativa anterior de R$21 bilhões a R$25 bilhões.
Com a implementação dessas medidas e a antecipação de uma inflexão na inadimplência, o Banco do Brasil demonstra um compromisso estratégico em fortalecer sua posição no mercado e otimizar seus resultados financeiros.