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Banco Mundial: Brasil deve crescer 2,4% em 2025 e 2,2% em 2026
Brasil em Crescimento: Banco Mundial Preve Expansão Acima da Média da América Latina
O Banco Mundial divulgou, nesta terça-feira (7), seu relatório econômico mais recente para a América Latina e Caribe, trazendo boas notícias para o Brasil. A projeção é de que a economia brasileira cresça 2,4% este ano, superando a média da região, que é de 2,3%.
Projeções do PIB Brasileiro
Os economistas do Banco Mundial estimam a seguinte expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro:
- 2025: 2,4%
- 2026: 2,2%
- 2027: 2,3%
Essas previsões se mantêm as mesmas em comparação com o relatório de junho deste ano, e se destacam por estarem acima das estimativas do Banco Central (BC) e do mercado financeiro.
Comparativo com Outras Projeções
É importante notar as diferenças entre as projeções:
- Banco Central (Relatório de Política Monetária, divulgado em 25/11): 2% em 2025 e 1,5% em 2026.
- Boletim Focus (pesquisa do BC com instituições financeiras, divulgado em 6/11): 2,16% em 2025 e 1,8% em 2026.
- Ministério da Fazenda (Boletim MacroFiscal de setembro): 2,3% em 2025 e 2,4% em 2026.
No ano anterior, o Brasil registrou uma expansão de 3,4% no PIB.
América Latina e Caribe: Panorama Geral
Para a América Latina e Caribe, o Banco Mundial prevê um crescimento de 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026. Em 2024, a região cresceu 2,2%.
Destaques Regionais
A Guiana se destaca com um crescimento impressionante, impulsionado por seu setor petrolífero. A Argentina também apresenta projeções positivas, embora menores em comparação com as estimativas anteriores.
- Guiana: 11,8% de expansão este ano, com projeções acima de 20% nos anos seguintes (22,4% em 2026 e 24% em 2027).
- Argentina: 4,6% em 2025 e 4% em 2026.
- Bolívia: Previsão de queda no PIB por três anos consecutivos (-0,5% este ano, -1,1% em 2026 e -1,5% em 2027).
Cenário Regional e Desafios
O relatório do Banco Mundial aponta que a América Latina e o Caribe apresentam o ritmo de crescimento mais lento entre as regiões globais. As razões incluem fatores externos, como a desaceleração da economia global e a queda nos preços das commodities, e fatores internos, como a política monetária, o baixo nível de investimento e a falta de espaço fiscal.
O Banco Mundial enfatiza a necessidade de reformas para impulsionar o crescimento, especialmente nas áreas de infraestrutura, educação, regulação, concorrência e política tributária. O relatório destaca a importância de melhorar os sistemas educacionais, fortalecer a qualidade das universidades e institutos de pesquisa, e aprofundar os mercados de capitais.