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Vorcaro Informa Banco Central Sobre Viagem a Dubai, Diz Defesa
Defesa de Daniel Vorcaro Apresenta Documentos e Refuta Acusações de Tentativa de Fuga
A defesa de Daniel Vorcaro, banqueiro preso em 17 de novembro, divulgou uma nota em que alega ter comunicado a venda do Banco Master à Fictor e a viagem de Vorcaro a Dubai ao diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton Aquino. A reunião por videoconferência ocorreu no mesmo dia da prisão.
Documentos Apresentados pela Defesa
Os advogados apresentaram documentos, supostamente emitidos pelo Banco Central, para corroborar a versão de Vorcaro. A defesa busca afastar as especulações de tentativa de fuga, argumentando que Vorcaro buscava soluções de mercado para o Conglomerado Master, com transparência e respeito ao regulador.
Relato da Reunião com o Banco Central
Um ofício, datado de 25 de fevereiro, assinado por Paulo Sérgio Neves de Souza, chefe-adjunto do departamento de supervisão bancária, relata que Vorcaro mencionou a busca por uma "solução de mercado" para o Master. Segundo o documento, o banqueiro planejava alienar o grupo em três partes, para diferentes investidores.
Vorcaro teria informado que a antecipação da audiência, agendada para 19 de novembro de 2025, visava divulgar a venda do Banco Master S.A. e que viajaria a Dubai para assinar o contrato e anunciar a operação com investidores estrangeiros.
Prisão e Contexto da Viagem
Daniel Vorcaro foi preso no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, quando tentava deixar o país rumo a Dubai, horas após o anúncio da possível compra do banco pela Fictor e investidores árabes.
O banqueiro teria informado que, na mesma tarde, faria uma reunião por videoconferência com o Departamento de Organização do Sistema Financeiro para informar sobre o contrato de intenção de compra e venda. Além disso, Vorcaro esperava assinar o contrato de alienação da Will Financeira em 18 de novembro de 2025 e anunciar a venda do Banco Master de Investimentos até o final da semana.
Posicionamento do Departamento de Supervisão Bancária
Em outro ofício, Belline Santana, chefe do departamento de supervisão bancária, afirmou não ter informações ou considerações adicionais a acrescentar.