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Silveira Critica Congresso Após Aprovação de MP 1.304: 'Lobbies Venceram'
Ministro Alexandre Silveira Critica Votação no Congresso e Alerta para Risco de Colapso Energético
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, manifestou preocupação com a segurança energética do Brasil após a aprovação da Medida Provisória 1.304 no Congresso Nacional. Segundo o ministro, a votação representou uma vitória dos "lobbies" em detrimento do interesse público brasileiro.
Desafios da Segurança Energética
Silveira destacou que o principal desafio atual é equilibrar a geração distribuída de energia. Ele expressou decepção com a decisão do Congresso, que, em sua opinião, não contribuiu para este equilíbrio.
"O próximo desafio da segurança energética do Brasil é a gente equilibrar a geração distribuída. Eu esperava que o Congresso ontem tivesse contribuído com isso, mas infelizmente venceram os lobbies e não venceu o interesse público", afirmou o ministro.
Supressão de dispositivo sobre geração distribuída
Na votação, foi suprimido um dispositivo que previa a cobrança de R$20,00 por 100 quilowatts-hora (kWh) sobre novos projetos de geração distribuída, principalmente sistemas solares instalados em residências e empresas.
Risco de "Colapso Energético"
O ministro alertou sobre o risco de "colapso energético" caso medidas urgentes não sejam tomadas para controlar o crescimento da micro e minigeração solar. Ele ressaltou a importância de equilibrar a geração distribuída para a estabilidade do sistema.
Leilão de Baterias e a Busca por Estabilidade
Em resposta aos desafios, Silveira anunciou a publicação de uma portaria ainda este ano para viabilizar o primeiro leilão de baterias do Brasil, com previsão para o primeiro trimestre de 2026. A iniciativa visa garantir maior previsibilidade e segurança ao sistema elétrico, especialmente com o aumento da participação de fontes renováveis intermitentes.
"Sem baterias, nós vamos ao colapso energético. Vamos ter excesso de geração... dificuldade na operação do sistema, que não consegue enxergar o volume de energia distribuída que está entrando", explicou o ministro.
O leilão buscará contratar capacidade de armazenamento para mitigar os impactos da intermitência das fontes renováveis e garantir um fornecimento de energia mais estável.
Por Rodrigo Viga Gaier