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Isenção do IR: Votação na Câmara entra para a história com um dos maiores placares
Isenção do Imposto de Renda: Câmara dos Deputados Registra Votação Histórica
A Câmara dos Deputados testemunhou um momento histórico na última sessão, com a aprovação unânime do projeto de lei que isenta do Imposto de Renda salários de até R$ 5 mil. Esta foi a maior votação unânime já registrada no Plenário da Casa e a terceira maior votação favorável a uma proposta.
Um Marco na História da Câmara
Com 493 votos a favor, a medida estabeleceu um novo patamar de consenso entre os parlamentares. O levantamento, baseado nos dados do Portal de Dados Abertos da Câmara dos Deputados, revela a magnitude desse feito.
Importante: A contagem considera apenas as votações com placares nominais registrados.
Comparativo com Outras Votações Históricas
A aprovação da isenção do IR só é superada por:
- Emenda à Constituição que instituiu o regime extraordinário fiscal para combate à pandemia da Covid-19 (505 votos favoráveis).
- Emenda à Constituição que tornou o Fundeb permanente (499 votos favoráveis).
Vale ressaltar que, mesmo nestas duas votações, houve votos contrários. Na votação da isenção do IR, a unanimidade foi completa.
Outras Votações Unânimes na Câmara
A Câmara já havia registrado outra votação unânime neste ano, com a aprovação da Lei Geral do Esporte. No entanto, a votação da isenção do IR superou em número de votos aquela aprovação.
Em 2014, a Câmara também votou de forma unânime na cassação do deputado Natan Donadon, com 467 votos favoráveis e apenas uma abstenção.
Contexto e Implicações
A aprovação da isenção do IR ocorre em um momento de grande debate sobre a política fiscal e a distribuição de renda. A proposta, que agora segue para o Senado, visa ampliar a isenção do IR para até R$ 5 mil e criar um imposto mínimo de 10% sobre altas rendas e dividendos.
A votação unânime reflete a pressão popular e o desejo de mudança, especialmente após protestos que levaram à derrubada da PEC da Blindagem no Senado Federal.
Próximos Passos
O projeto de lei agora segue para o Senado, onde será analisado e poderá sofrer alterações. A expectativa é que a proposta seja aprovada ainda este ano, com o objetivo de entrar em vigor em 2026.