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França: Premiê Recém-Nomeado Admite Possibilidade de Curta Estadia no Cargo

Publicada em: 11-10-2025 Autor: Yuri Kiluanji

Sebastien Lecornu: O Novo Primeiro-Ministro Francês e o Desafio da Governança

O cenário político francês encontra-se em ebulição. Neste sábado, 11 de novembro, Sebastien Lecornu, recentemente renomeado primeiro-ministro da França, admitiu a escassez de candidatos aptos para o cargo e expressou incertezas sobre sua permanência no posto, evidenciando as profundas divisões políticas que assolam o país.

Uma Semana de Instabilidade e Renomeação

Lecornu foi reconduzido ao cargo pelo presidente Emmanuel Macron na sexta-feira, 10, após ter renunciado à função, desencadeando uma semana de turbulência política. O primeiro-ministro apelou à calma e ao apoio dos partidos políticos, com o objetivo de finalizar o Orçamento para a segunda maior economia da União Europeia dentro do prazo estabelecido.

Condições e Incertezas no Horizonte

Em declarações à imprensa, Lecornu enfatizou que sua permanência no cargo dependerá das circunstâncias. Ele reconheceu o risco iminente de ser derrubado por um voto de desconfiança no Parlamento, que se encontra fragmentado: "Ou as forças políticas me ajudam e nos acompanhamos … ou não.", declarou.

Formação do Governo e Desafios Futuros

Lecornu evitou fornecer detalhes sobre a formação de um novo governo ou a composição de sua equipe, mas afirmou que não incluiria figuras com ambições presidenciais para as eleições de 2027. Além disso, o primeiro-ministro não abordou as exigências da oposição para revogar a legislação que eleva a idade para a aposentadoria, um ponto sensível no debate político francês.

A Última Cartada de Macron?

A nova nomeação de Lecornu é vista como uma tentativa de Emmanuel Macron de revitalizar seu segundo mandato, que se estende até 2027. O espectro centrista, do qual Macron faz parte, não detém maioria na Assembleia e enfrenta críticas crescentes, inclusive internamente. A decisão de Macron de reconduzir Lecornu, o quarto primeiro-ministro da França em pouco mais de um ano, provocou críticas de diversos setores políticos, da direita à esquerda, demonstrando a complexidade e os desafios que o novo governo enfrentará.