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Ex-Procurador do INSS Tenta Comprar Carro de Luxo (R$380 Mil) Após Operação: Entenda o Caso
Ex-Chefe do INSS Tenta Comprar Carro de Luxo Após Afastamento e Investigações
O ex-procurador-chefe do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, está no centro de novas controvérsias. Pouco mais de um mês após ser afastado do cargo pela Polícia Federal, ele tentou adquirir um carro de luxo, um Audi A5 Sedan Performance S Edition, avaliado em R$ 380 mil.
Alerta do COAF e Detalhes da Tentativa de Compra
De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf), entregue à CPI do INSS, a solicitação de reserva para compra do veículo foi feita em 28 de maio deste ano, caindo no “monitoramento diário” bancário. A Operação Sem Desconto da Polícia Federal, que resultou no seu afastamento, ocorreu em 23 de abril.
O documento não especifica se a compra foi concluída. Virgílio não se manifestou sobre o assunto.
Contexto da Investigação e Suspeitas
O relatório do Coaf ressalta a posição de Virgílio e os motivos de seu afastamento, que estão relacionados às investigações da Polícia Federal sobre fraudes bilionárias no INSS.
A investigação aponta um “incremento patrimonial” de R$ 18 milhões, supostamente proveniente de um grupo envolvido nas fraudes. Esses repasses teriam sido feitos através de empresas e contas bancárias da esposa de Virgílio. Um dos remetentes da verba seria Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como articulador do esquema.
Consequências e Próximos Passos
A CPI do INSS aprovou a convocação de Virgílio para prestar depoimento, embora a data ainda não tenha sido definida.
Trajetória no INSS
Virgílio foi nomeado procurador-geral do INSS em 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro, e permaneceu no cargo até 2022. Posteriormente, atuou como consultor jurídico no Ministério do Trabalho e Previdência. Em setembro de 2023, já no governo Lula, foi renomeado para a Procuradoria-Geral do INSS.
As investigações apontam que os pagamentos recebidos por Virgílio seriam uma contrapartida para editar pareceres que permitiam a continuidade de cobranças indevidas diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.