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CV Domina Alemão e Penha: Secretário Revela Expansão do Comando Vermelho
Balanço da Megaoperação no Rio Revela Dimensão Nacional do Comando Vermelho
Três dias após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, um novo balanço da segurança pública do estado expõe a expansão do Comando Vermelho e a atuação de criminosos de outras regiões.
Números da Operação e Identificação dos Mortos
Dos 117 mortos na operação, 99 foram identificados. Desses, 78 tinham passagens pela polícia, e 40 eram de fora do Rio de Janeiro, conforme detalhou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi. A operação resultou também na prisão de 113 pessoas, sendo que um terço delas também são de outros estados.
Complexos da Penha e Alemão: QG Nacional do Comando Vermelho
O secretário Curi revelou que os complexos da Penha e do Alemão se consolidaram como o quartel-general (QG) do Comando Vermelho em nível nacional. Segundo ele, é a partir desses locais que partem as ordens, decisões e diretrizes da facção para outros estados onde o grupo atua, abrangendo praticamente todo o Brasil. Curi destacou que esses locais servem como bases de treinamento e recrutamento de criminosos de outras unidades da federação.
Atuação de Criminosos de Outros Estados
Os criminosos de outros estados são "formados" no Rio de Janeiro e, posteriormente, retornam para suas regiões de origem para implementar a cultura do Comando Vermelho. O governador Cláudio Castro informou que 22 dos mortos eram de outros estados, com destaque para criminosos de posições de chefia.
Declarações do Secretário e Caráter da Operação
O secretário Curi enfatizou que a atuação policial no Rio de Janeiro se assemelha a uma "guerra irregular, assimétrica". Ele defendeu a necessidade de uma mobilização nacional para combater essas organizações, que, segundo ele, já se configuram como "narcoterroristas".
Chefes do Tráfico Identificados na Operação
Entre os mortos, foram identificados chefes do tráfico de diferentes regiões do país, como Russo (Vitória-ES), Chico Rato (Manaus-AM), Mazola (Feira de Santana-BA) e Fernando Henrique dos Santos (Goiás). Um relatório sobre a operação será encaminhado às autoridades competentes nos próximos dias.
A megaoperação, que segue cercada de dúvidas e versões conflitantes, levanta questões sobre a abrangência e complexidade do crime organizado no Brasil, bem como a necessidade de ações conjuntas e estratégicas para combater a expansão das facções criminosas.