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China Critica EUA por Comentários sobre a Argentina: Acusações de 'Mentalidade da Guerra Fria'
China Acusa EUA de Práticas da Guerra Fria na América Latina
A China acusa os Estados Unidos de reviver práticas da Guerra Fria na América Latina, após declarações de Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, sobre a Argentina. Bessent afirmou que o presidente argentino, Javier Milei, estaria "comprometido em tirar a China do país".
Contexto das Declarações
As declarações de Bessent foram feitas à Fox News na quinta-feira (9), no contexto da oferta dos EUA de uma linha de assistência financeira de US$ 20 bilhões à Argentina. O presidente Milei prepara-se para visitar Donald Trump na Casa Branca na próxima terça-feira.
Reação da China
A embaixada chinesa em Buenos Aires reagiu duramente, acusando Washington de adotar uma "mentalidade da era da Guerra Fria" e de "intervenção nos assuntos de outras nações soberanas". A nota publicada nas redes sociais também denunciou a "intimidação recorrente" por parte dos EUA sobre países latino-americanos.
O Cenário da Disputa Geopolítica
A disputa entre China e EUA por influência na América Latina se intensifica com a expansão da presença econômica chinesa. A China hoje é um aliado-chave da Argentina, com uma linha de swap de US$ 18 bilhões, crescimento do comércio bilateral e a construção de uma estação de lançamento espacial na Patagônia. Bessent destacou a importância dos minerais raros da Argentina, mencionando as recentes restrições chinesas.
A Ajuda Financeira dos EUA e as Condições
Apesar do anúncio do pacote de ajuda, não estão claras as condições impostas pelos EUA. Antes do acordo de swap, Milei afirmou que os EUA não condicionaram o apoio financeiro ao fim da linha de swap com a China.
A Visão de Trump e a Guerra Comercial
Na sexta-feira (10), Trump ameaçou aplicar tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses e impor controles de exportação, com a possibilidade de recuar caso a China suspenda restrições sobre minerais raros.
A Posição de Milei
A postura pró-EUA de Milei coloca-o em uma posição delicada nas disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Após críticas à China durante a campanha eleitoral, Milei mudou o tom e passou a classificar a China como "grande parceira comercial".
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