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Brasil Adia Lei da Reciprocidade Contra EUA: Reação ao 'Tarifaço' de Trump e Expectativa de Encontro Lula-Trump

Publicada em: 01-10-2025 Autor: Yuri Kiluanji

Brasil Adia Retaliação Contra EUA em Busca de Diálogo Diplomático

O governo brasileiro tomou uma decisão estratégica que visa preservar o diálogo diplomático com os Estados Unidos, adiando a aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica. A medida, impulsionada por sinais de reaproximação entre os dois países, reflete a cautela do governo em não comprometer as conversas bilaterais.

Prudência Diplomática em Foco

A decisão de adiar a aplicação da lei veio após declarações do ex-presidente americano Donald Trump sobre um possível diálogo direto com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. A Câmara de Comércio Exterior (Camex), através do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex), prorrogou o prazo para avaliar a estratégia de retaliação do Brasil por mais 30 dias. O objetivo é analisar a aplicação da Lei da Reciprocidade em resposta às tarifas de 50% impostas por Trump sobre produtos brasileiros.

A reunião da Camex na semana passada não avançou com a votação sobre a aplicação da lei aos EUA. Uma nova reunião pode ocorrer em breve.

Diplomacia nos Bastidores

Fontes governamentais e diplomáticas indicam que o adiamento se deveu principalmente a tratativas nos bastidores, visando evitar obstáculos à aproximação entre Lula e Trump. Além disso, a Gecex avalia que uma retaliação poderia levar a novas sanções americanas, aumentando os riscos para o comércio bilateral.

Impacto da Declaração de Trump

A decisão ganhou força após a fala de Trump na Assembleia Geral da ONU, onde ele mencionou uma breve interação com Lula e a intenção de conversar esta semana. Diante da possibilidade de um encontro, o governo brasileiro optou por redobrar a cautela em relação a quaisquer medidas que pudessem prejudicar o diálogo.

A aplicação da Lei da Reciprocidade, que implicaria em retaliação comercial, tornou-se um tema sensível nesse contexto. O governo prefere aguardar os desdobramentos da aproximação antes de tomar decisões que possam afetar a relação com Washington.